quinta-feira, 25 de março de 2010

avesso

Avesso.
Avesso exposto pela garganta. Um solo de guitarra rasgando minha carne por dentro. Eu, em tiras, balançando ao som. Eu, toda em retalhos coloridos, vermelhos velhos, meus azuis desbotados, amarelos...todos balançando ao som do vento.
Meu avesso é um bordado mal feito. Honesto. Pingado do meu próprio sangue sugado pela agulha em minha mão canhestra.
Meu avesso é mais eu do aquilo que arrumo para mostrar ao mundo.
Meu avesso se revela em sons e voz, suor, memória falha por tanta sensação que corre nos átomos de minha pele. Me confunde, me distrai tanta percepção.
Avesso de mim sou eu sem medo.
E ali, no reino sagrado onde a voz nasce da fonte, lá onde eu nem preciso saber quem sou.

Um comentário:

Anônimo disse...

me liga na casa da minha mãe?
3032-1715
to sem celular.
bjs.
m.